Lance a lance, consumia-lhe, uma vez mais, o espírito, aquele que surgira e, era, até certo ponto, divertido. Até este ponto, o ponto em que ela contornava tudo o que parecia linearmente acordado. Revoltava-o, profundamente, aquela capacidade de manter uma postura sem emoção até ao momento decisivo. Ele apercebera-se da inevitabilidade do jogo: iria perder sem grande demora... Não era a derrota que o irritava, mas a incapacidade de apreender qualquer sentimento de felicidade à medida que as jogadas se faziam notar no tabuleiro. Fazia-o sentir-se inseguro. Sentia que ela conseguia falsear o sentimento ou, pelo menos, neutralizá-lo de tal forma que o levava a duvidar, ridiculamente, digámos talvez, dos sentimentos dela.
... ( continua)
Ai do mar não vêm não...
Há 13 anos