terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Perdido

Quando nos perdemos na imensidão do ser,
que não encontramos o rosto de todos os dias...
Quando as palavras saiem noutro tom,
que não soam a amigas...
E gesticulamos em direcções opostas,
"Insensível o toque das tuas mãos, áspero o teu abraço",
dizem aqueles que sempre ansiaram por ele,
suave, caloroso, reconfortante...

Quando nos perdemos na imensidão do ser,
que nem quem somos encontramos...
No espelho iguais, na alma estranhos...

Quando nos perdemos na imensidão do ser,
que não nos sentimos ou sequer fingimos,
que os outros não vêem não existir,
que nos esquecemos como ser...

Quando nos perdemos na imensidão do ser,
intensamente somos a vontade do que sentimos....