terça-feira, 27 de novembro de 2007

Quando se espera...

Quando se espera... demora.
Quando se esquece... procura-se.

Quando a noite chega e o calor dissipa,
entre os gritos da geada que ameaça,
sente-se frio, de solidão, na ausência de quem mais não vem,
de quem ficou para trás, de quem teima em não ficar...

O coração vai gelando,
as mãos unem-se recebendo o bafo quente,
sentem ainda existir vida naquele único sinal,
abraçando o corpo cansado, afagando o incrédulo...

Os olhos cansados de partidas,
facilmente despertados pela novidade,
pela possibilidade de um chegar, e um permanecer...

As mãos esqueceram há muito a postura protocolar,
perdem-se no anseio do afecto teimosamente distante...
Culpa da procura desenfreada que todos envolvem no dia-a-dia,
culpa do medo da repetição, do banal, culpa do desejo,
da mutualidade de vivências...

Culpa do sujeito na vivência de si mesmo...

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo...

AnaCatarina disse...

Escreves tão mal porra!


Vá pronto não escreves assim tão mal quanto isso :P

Saudades puto =D